domingo, 7 de março de 2010

Resumo da aula nº 43


Na aula passada, enquadrada no capítulo 4, “a dimensão ético-política: análise e compreensão da experiencia convivencial”, falamos na fundamentação da moral.
Começamos por avaliar o que seria mais correcto, “o valor da acção depende do bem ou finalidade que se quer alcançar?” ou “o valor da acção é determinado unicamente pela intenção com que foi praticada?”, ficando a saber que o valor da acção reside na intenção, caso da ética de Kant. Abordamos a teoria clássica, referente a Aristóteles, que defende que todos fazemos parte de um todo social, ou seja, vivemos em sociedade.
Para Aristóteles todas as acções do Homem têm um fim supremo, atingir a felicidade, uma característica natural humana. Para o Homem ser feliz, Aristóteles considera necessárias duas virtudes, a prudência, ou seja, capacidade de pensar antes de agir e escolher os melhores meios para sermos realizados e felizes, e a teorética, capacidade de distinguir o bem e o mal. Admite-se que com a experiência estas capacidades se incorporem no modo de ser de cada pessoa.
Ouvimos a música “esqueci-me lembrar de mim” de Mónica Sintra que conta a história de um amor em que ela deu demais, esquecendo-se de se lembrar dela própria para pensar apenas nele. Vimos então o que Aristóteles dizia quando defendia que devia haver um equilíbrio, tendo como exemplo o amor, não podíamos ser egoístas e esperar que sejam apenas os outros a dar nem dar tudo de nós, perdendo assim a nossa personalidade.
Já na teoria moderna, referente a Kant, defende que cada pessoa tem que se conhecer a si mesmo para depois fazer parte da sociedade. Para Kant o dever moral é ditado pelo sentimento, sociedade, razão e Deus. Na sua ética Kant defende o dever e que é necessária inteligência para combater a tirania, ou seja, é preciso saber muito para depois ensinar aos outros a não serem enganados.
A professora deu então o exemplo de um amigo que trabalhava numa óptica, que por saber que muitas vezes os clientes eram enganados por não saberem como reconhecer uma marca de lentes, lhes ensinou como o fazer. Com a sua inteligência e boa vontade ele combateu a tirania.
Actualmente temos presente a teoria contemporânea, perdem-se os valores e ideais como o optimismo em relação ao futuro, confiança no progresso, valorização da razão e ciência e esperança na construção de uma sociedade justa e feliz, para ficarem valores como descrença quanto ao futuro, valorização do imediato, busca pelo prazer egoísta e indiferença em relação aos outros e às responsabilidades colectivas.
No fim fizemos um exercício sobre as razões do cumprimento do dever.

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