No dia 1 de Março de 2010, aula passada, lição 44, estudamos “a dimensão pessoal e social da ética - o si mesmo, o outro e as instituições” inserida no capítulo 4, ”A dimensão ético-política: analise e compreensão da experiência convencional”.
Aprendemos que o homem é um ser moral, mesmo que essa característica não tenha nascido com ele, mas sim, em concordância com Jean-Paule Sartre, é uma construção contínua e um ser inacabado, que o leva a ter consciência moral, e tornar-se pessoa, um sujeito moral.
Mas esta formação como pessoa necessita da relação consigo mesmo, os outros e com as instituições, como por exemplo, a família, a escola, etc., porque o si mesmo forma-se no contacto com os outros, tendo por base as emoções, para formar de seguida, os sentimentos e afectos, e formular a sua pirâmide hierárquica de preferências e rejeições.
O querer individual depara-se com o querer do outro, deparam-se as necessidades com o dever-ser (Kant), constituídas como ideal pela sociedade. Instala-se assim, um conflito entre o que o que cada um deseja e o que é socialmente exigido.
Estes conflitos interiores dão a consciência do seu eu social, e do sentido da sua liberdade, e assumir uma postura activa, porque se assim não fosse, não se questionasse e fosse mais além, sentiria um vazio.
A competência para fazer juízos de valor, é devido à dimensão moral, tendo a consciência do dever e da deteorética. E a construção do sujeito moral, é feita com o outro (como por exemplo, um pai dar um valor positivo incentivando o filho a tirar boas notas na escola), funcionando como um espelho, vendo-se através do olhar do outro, que nos critica ou elogia, que nos ajuda na construção ou desconstrução do verdadeiro edificador do eu, reflectindo o eu e ter a humildade de corrigir as nossas más acções.
Lemos e analisamos também, um excerto de Críton, (O caso paradigmático de Sócrates), em que Críton, tentava dissuadir Sócrates a fugir da prisão, usando vários argumentos, como, os filhos órfãos que Sócrates deixaria ao abandono e seus amigos. Mas Sócrates, não concorda porque sair da prisão daquela forma seria desrespeitar o dever, que Sócrates tanto dá valor, escutar apenas uma voz, a sua, a da razão e escolher a que lhe parece melhor, não podendo ele rejeitar todos os argumentos defendidos por ele até à dada só por lhe ter acontecido um mal. Estando muito presente a justiça, a prudência e a “razão” e não respondendo à justiça com a injustiça, Sócrates mostra como o dever é muito importante.
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