Na aula passada, começámos por receber os testes que realizamos sobre a temática "Valorar" e procedemos à correcção destes, lendo as respectivas respostas, os alunos que tiveram uma maior cotação nessa pergunta.
De seguida, a professora colocou-nos a questão "Em que é que a escolha moral se assemelha à construção de um obra de arte?" à qual obtivemos a resposta através de uma frase de um grande Filósofo J. P. Sartre, que diz que o que há em comum entre a moral e a obra de arte, é que nos dois casos temos criação e invenção. O Homem faz-se, não está feito desde o princípio, faz-se ao escolher a sua moral.
Por fim, inserido no PES (Programa de Educação Sexual), estivemos a dialogar, o que era para nós, sentimento, afecto e emoção. Vimos que sentimento, é algo que é longo e sentido, e pode não ser correspondido, afecto é algo que é correspondido, como por exemplo, a amizade, e emoção, que é a base do sentimento e é algo mais momentâneo.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Resumo da aula 08/02/10
Na aula passada, enquadrada na unidade " A dimensão ético-política: análise e compreensão da experiência convivencial", começámos por acabar a vizualização do filme "América Proibida", o qual tinhamos de relacionar com ética, que é a reflexão sobre os actos humanos e sobre as regras morais e a moral, que é um conjunto de normas ou regras que regem os comportamentos dos indivíduos de uma determinada sociedade.
De seguida, a professora colocou-nos uma questão "Afinal, para que serve a Filosofia?" à qual obtivemos a resposta vizualizando um acetato, onde contemplava que a Filosofia é um exercício pessoal da razão, permite a criação de um projecto de vida, permite o desenvolvimento de um pensamento ético-político e também o desenvolvimento de uma sensibilidade cultural e estética, e só assim, seria possível uma tomada de posição sobre o sentido da existência.
A parte final da aula foi ocupada com uma pequena discussão sobre as diferenças entre ser e parecer, onde pudemos constactar que o ser é a essência e parecer é a aparência, e que infelizmente, hoje em dia as pessoas dão mais importância à aparência do que à essência.
De seguida, a professora colocou-nos uma questão "Afinal, para que serve a Filosofia?" à qual obtivemos a resposta vizualizando um acetato, onde contemplava que a Filosofia é um exercício pessoal da razão, permite a criação de um projecto de vida, permite o desenvolvimento de um pensamento ético-político e também o desenvolvimento de uma sensibilidade cultural e estética, e só assim, seria possível uma tomada de posição sobre o sentido da existência.
A parte final da aula foi ocupada com uma pequena discussão sobre as diferenças entre ser e parecer, onde pudemos constactar que o ser é a essência e parecer é a aparência, e que infelizmente, hoje em dia as pessoas dão mais importância à aparência do que à essência.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
A cidade dos prodígios .
Edimburgo , património da Humanidade !
Quando desci do autocarro, na estação de Waverley, percebi que estava mesmo em Edimburgo: a chuva caía miudinha, a fresca tarde de Junho ameaçava piorar, e um escocês, de Kilt vestido e de pasta na mão, dirigia-se para o comboio. Mas só nós, os turistas, reparáramos no traje, que parecia saído de um bilhete-postal e que surgiu no século XVI, no norte da Escócia. Por aqui, a tradição ainda é o que era. Até no pormenor “arejado” de não se usar nada por debaixo do kilt, como mais tarde comprovei na Royal Mile, quando um sósia de William Wallace, vestido como o herói escocês do século XIII, levantou as saias em resposta às provocações de um grupo de adolescentes sobre a sua autenticidade….Como reza o anúncio “ no rules, Great scotch”!
Edimburgo surpreende e é um dos maiores centros financeiros europeus. A cidade não é muito grande (460 mil pessoas), mas concilia diferentes monumentos e épocas com notável bom gosto. O castelo, encavalitado em cima de um rochedo no centro da cidade, é omnipresente. A sua posição estratégica tornou-o um posto defensivo ao longo dos séculos e foi em torno dele que nasceu a cidade. Outro rochedo, também de origem vulcânica, o Arthur’s Seat, ergue-se verde, imponente e de acesso difícil noutra ponta da cidade. Como se no meio da urbe houvesse uma montanha campestre, para quebrar o excesso de civilização. Depois, os escoceses são muito simpáticos e hospitaleiros, o que faz toda a diferença quando se viaja. Querem saber tudo: de onde somos, quantos dias estaremos por lá, o que achamos da sua terra, se já comemos haggis, um enchido de miudezas cujo cheiro desarma qualquer boa vontade de entrar em novos territórios gastronómicos.
Edimburgo fervilha de lendas à volta do oculto. A malha urbana da Royal Mile, a longa rua que atravessa toda a Old Town, favorece as histórias de casas assombradas. O turismo local promove esta faceta enigmática. No Mary´s Close, um dos muitos becos da Royal Mile, fala-se de um massacre ali ocorrido para suster a peste que assolou a cidade em 1644-45.
Os habitantes chacinados, diz a lenda, fazem aparições em certas noites. Nesta cidade assombrada, aventurei-me num passeio aos Ghosts & Ghouls da velha cidade, que incluem a descida às catacumbas. A visita guiada, a pé, começa num local de antigas execuções e torturas, a Mercat Cross, a que assistiam multidões sedentas de sangue. Mais à frente, começam as histórias de fantasmas, casas assombradas e aparições. Passamos num beco aonde ninguém se aventura depois do anoitecer. Por isso, o lixo acumula-se ali, explica-nos a guia. Quando entramos nas catacumbas situadas nos arcos da South Bridge, só descobertas em 1985, é que a situação fica negra. A visita é desaconselhada a pessoas com problemas cardíacos ou claustrofobia. Após a descida de vários lances de escadas, passamos num túnel e somos enfiados numa sala sombria e húmida. À luz das velas, transitamos para outra mais pequena e mais escura e de repente, ouvem-se vozes e vêem-se sombras. A guia repete histórias passadas nestas oficinas dos mercadores do século XVIII, afirmando que hoje ainda, ali, vagueiam fantasmas. O medo sente-se no ar e todos desejamos sair dali o mais depressa possível. Será por isso que os escoceses são considerados um povo desconfiado?
Depois dos Ghosts é hora de ir a um restaurante, pois em Edimburgo, fecham cedo. Aqui recuperei forças.
Apesar de todo este ambiente fantástico, são raros os vestígios da ilustre residente J. K. Rowling numa cidade que venera os escritores da terra como Walter Scott, com um enorme monumento na Prince´s Street e Robert Louis Stevenson. A escritora de Harry Potter vive numa mansão em Aberfeldy, no campo verdejante do Perthshire. Foi no café Nicolson que, sentando-se numa mesa de canto, escreveu as aventuras que a tornaram uma das mulheres mais ricas e famosas do planeta.
Bem perto deste café, fica The Meadows, um lindo parque, uma das zonas de lazer predilectas dos habitantes da cidade que desfrutam a vida ao ar livre e em família, seja a pé ou de bicicleta. Seguindo pela Royal Mile, esta rua cinzenta, em Agosto ganha cor. Entre as lojas de kilts, tartan e lãs escocesas, passando pelas doçarias artesanais de fudge, há muito comércio, pubs, cafés, restaurantes, museus e músicos a tocarem gaita-de-foles. No fim desta rua, encontra-se o Palace of Holyroodhouse, residência oficial da rainha e onde viveu Mary, rainha da Escócia, entre 1561 e 1567.
Os jovens encontram-se no Grassmarket, uma praça recheada de restaurantes, pubs e pizzarias, cujo único senão é o fecho precoce das esplanadas. Nas noites de fim-de-semana, as festas de despedidas de solteira são levadas a rigor. Neste percurso encontra-se o Scotch Whisky Heritage Centre. O uísque é a bebida escocesa por excelência. Existem 87 destilarias em toda a Escócia. Esta bebida está impregnada na vida dos escoceses, fazendo por isso parte natural da sua cultura.
Na Escócia falam-se três línguas: o inglês da Escócia, o Scots (que por vezes não é considerado como um idioma separado) e o gaélico escocês. A cidade de Edimburgo recebe, no Verão, aquele que é considerado o mais importante festival de teatro do Reino Unido.
As vielas e os becos misteriosos, histórias de fantasmas e de casas assombradas, são o cenário inspirador para as aventuras de Harry Potter.
Quando desci do autocarro, na estação de Waverley, percebi que estava mesmo em Edimburgo: a chuva caía miudinha, a fresca tarde de Junho ameaçava piorar, e um escocês, de Kilt vestido e de pasta na mão, dirigia-se para o comboio. Mas só nós, os turistas, reparáramos no traje, que parecia saído de um bilhete-postal e que surgiu no século XVI, no norte da Escócia. Por aqui, a tradição ainda é o que era. Até no pormenor “arejado” de não se usar nada por debaixo do kilt, como mais tarde comprovei na Royal Mile, quando um sósia de William Wallace, vestido como o herói escocês do século XIII, levantou as saias em resposta às provocações de um grupo de adolescentes sobre a sua autenticidade….Como reza o anúncio “ no rules, Great scotch”!
Edimburgo surpreende e é um dos maiores centros financeiros europeus. A cidade não é muito grande (460 mil pessoas), mas concilia diferentes monumentos e épocas com notável bom gosto. O castelo, encavalitado em cima de um rochedo no centro da cidade, é omnipresente. A sua posição estratégica tornou-o um posto defensivo ao longo dos séculos e foi em torno dele que nasceu a cidade. Outro rochedo, também de origem vulcânica, o Arthur’s Seat, ergue-se verde, imponente e de acesso difícil noutra ponta da cidade. Como se no meio da urbe houvesse uma montanha campestre, para quebrar o excesso de civilização. Depois, os escoceses são muito simpáticos e hospitaleiros, o que faz toda a diferença quando se viaja. Querem saber tudo: de onde somos, quantos dias estaremos por lá, o que achamos da sua terra, se já comemos haggis, um enchido de miudezas cujo cheiro desarma qualquer boa vontade de entrar em novos territórios gastronómicos.
Edimburgo fervilha de lendas à volta do oculto. A malha urbana da Royal Mile, a longa rua que atravessa toda a Old Town, favorece as histórias de casas assombradas. O turismo local promove esta faceta enigmática. No Mary´s Close, um dos muitos becos da Royal Mile, fala-se de um massacre ali ocorrido para suster a peste que assolou a cidade em 1644-45.
Os habitantes chacinados, diz a lenda, fazem aparições em certas noites. Nesta cidade assombrada, aventurei-me num passeio aos Ghosts & Ghouls da velha cidade, que incluem a descida às catacumbas. A visita guiada, a pé, começa num local de antigas execuções e torturas, a Mercat Cross, a que assistiam multidões sedentas de sangue. Mais à frente, começam as histórias de fantasmas, casas assombradas e aparições. Passamos num beco aonde ninguém se aventura depois do anoitecer. Por isso, o lixo acumula-se ali, explica-nos a guia. Quando entramos nas catacumbas situadas nos arcos da South Bridge, só descobertas em 1985, é que a situação fica negra. A visita é desaconselhada a pessoas com problemas cardíacos ou claustrofobia. Após a descida de vários lances de escadas, passamos num túnel e somos enfiados numa sala sombria e húmida. À luz das velas, transitamos para outra mais pequena e mais escura e de repente, ouvem-se vozes e vêem-se sombras. A guia repete histórias passadas nestas oficinas dos mercadores do século XVIII, afirmando que hoje ainda, ali, vagueiam fantasmas. O medo sente-se no ar e todos desejamos sair dali o mais depressa possível. Será por isso que os escoceses são considerados um povo desconfiado?
Depois dos Ghosts é hora de ir a um restaurante, pois em Edimburgo, fecham cedo. Aqui recuperei forças.
Apesar de todo este ambiente fantástico, são raros os vestígios da ilustre residente J. K. Rowling numa cidade que venera os escritores da terra como Walter Scott, com um enorme monumento na Prince´s Street e Robert Louis Stevenson. A escritora de Harry Potter vive numa mansão em Aberfeldy, no campo verdejante do Perthshire. Foi no café Nicolson que, sentando-se numa mesa de canto, escreveu as aventuras que a tornaram uma das mulheres mais ricas e famosas do planeta.
Bem perto deste café, fica The Meadows, um lindo parque, uma das zonas de lazer predilectas dos habitantes da cidade que desfrutam a vida ao ar livre e em família, seja a pé ou de bicicleta. Seguindo pela Royal Mile, esta rua cinzenta, em Agosto ganha cor. Entre as lojas de kilts, tartan e lãs escocesas, passando pelas doçarias artesanais de fudge, há muito comércio, pubs, cafés, restaurantes, museus e músicos a tocarem gaita-de-foles. No fim desta rua, encontra-se o Palace of Holyroodhouse, residência oficial da rainha e onde viveu Mary, rainha da Escócia, entre 1561 e 1567.
Os jovens encontram-se no Grassmarket, uma praça recheada de restaurantes, pubs e pizzarias, cujo único senão é o fecho precoce das esplanadas. Nas noites de fim-de-semana, as festas de despedidas de solteira são levadas a rigor. Neste percurso encontra-se o Scotch Whisky Heritage Centre. O uísque é a bebida escocesa por excelência. Existem 87 destilarias em toda a Escócia. Esta bebida está impregnada na vida dos escoceses, fazendo por isso parte natural da sua cultura.
Na Escócia falam-se três línguas: o inglês da Escócia, o Scots (que por vezes não é considerado como um idioma separado) e o gaélico escocês. A cidade de Edimburgo recebe, no Verão, aquele que é considerado o mais importante festival de teatro do Reino Unido.
As vielas e os becos misteriosos, histórias de fantasmas e de casas assombradas, são o cenário inspirador para as aventuras de Harry Potter.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Bonjour, Côte d'Ivoire !!
Bom dia Costa do Marfim !!
-Non, encore cinq minutes s’il vous plaît! (não, mais cinco minutos por favor!), imploro eu à minha “mãe adoptiva”, mas não serve de nada. Afasto a mosquiteira e convenço-me que é só mais um dia longo e trabalhoso, e apresso-me a acompanhar os meus “familiares” pela floresta afora.
Hoje vou conhecer as vastas plantações de cacau de Marahoué! Já não era sem tempo, tenho saudades daquele cheirinho a chocolate. Hmm...
Faz três semanas que estou aqui e desde então a minha vida não tem sido nenhum mar de rosas. A verdade é que tenho 17 anos e antes que complete 18 anos, os meus pais enviaram-me para a Costa do Marfim, mais precisamente Marahoué, durante 3 meses. Não é para me castigarem eu sei mas sim para evoluir as minhas capacidades de independência, responsabilidade e dar o verdadeiro valor á vida. Pois, talvez mereça isto! Os meus pais tomam-me por uma menina mimada e superficial, que não dá valor áquilo que é realmente importante.
Não acreditam como foi difícil a partida, estava habituada a ter tudo e agora, apenas sobrevivo com o necessário. Não admira que a esperança de vida seja apenas de 48 anos… Não sei se sobrevirei mais uma semana, preciso urgentemente de uma manicure com todos os extras incluídos!
Uff! Hoje estão 40 graus célsius e não é um dos dias mais quentes do ano. Costa do Marfim tem um clima tropical, com vastas florestas que escondem milhares de espécies interessantes, um país que sempre estive desejosa de conhecer, mas numa viagem bem curta, numas férias descansadas com direito a todo o conforto de um hotel. Tal que não acontece.
Bom, chegamos ao local e o odor a cacau faz-me crescer água na boca. Mas não pensem que vou fazer uma visita guiada à plantação de cacau, vou pegar na enxada e estragar as minhas belas unhas e mãos calosas para iniciar um novo ano de cultivo, pois o cacau é uma das especiarias mais exportadas deste país.
(…)
Recomeçamos um novo dia com um pequeno-almoço bem reforçado. Em folhas de bananeira distribuem uma espécie de farinha estranha com algumas bizarras bolachas a acompanharem. O sabor não é o melhor, mas eles comem com uma folia como se aquele prato fosse o último. A sua alegria é evidente, pois só o facto de terem alimento na mesa e de estarem rodeados pela família, deixa-lhes um sorriso estampado no rosto! Ou será que se estão a rir da minha cara?! Bem, no fundo, esta visão entristece-me. Relembro as fartas refeições que menosprezava, dando valor apenas àquilo que era fútil, desprezando o verdadeiro sentido de uma refeição familiar.
-Allez Mónica! Depeche-toi! (vamos Mónica! Despacha-te!) – já é tarde, vamos perder a boleia. Hoje vamos à cidade procurar alimentos ricos em proteínas como a carne, pois no meio da floresta nós somos as presas e não os predadores.
Durante a viagem observo as diferentes paisagens e os estranhos animais que espreitam desde a escuridão da floresta, penso na minha pirâmide dos valores que realizei na aula de filosofia. Lembro que o meu valor primordial era a “vida social”, pois o que é que eu seria sem os amigos?! Quem iria aturar as minhas birras?! Quem seria desta vez o meu amigo do mês?! Quem convidaria para a minha festa de aniversário?!
Por fim acabo por perceber que nada disto faz sentido, coloco questões que se sobrepõem a estas e a verdadeira realidade acaba por vir á tona. A minha família faz-me falta, é sem dúvida ela com quem posso conta. A verdade é que não me imagino sem o meu pai ou a minha mãe, ambos me fazem uma tremenda falta. Posso contar todos os segredos aos meus amigos, mas aqueles que estarão lá para me apoiar e me oferecer o seu ombro amigo, serão a minha família. Esse sim é o verdadeiro sentido da amizade, mas quero ir mais além, quero fazer parte na vida familiar, quero partilhar os meus segredos, os meus momentos de alegria e as minhas tristezas mais profundas com aqueles que me apoiam verdadeiramente, a minha família.
Aqui recomeço um novo eu, aproveitarei esta experiência ao máximo e testemunharei o verdadeiro sentido de uma refeição familiar daqui em diante.
Je vous aime! Merci pour tout maman et papa!
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Califórnia, a cidade das maravilhas
Acabei de chegar à Califórnia, é o estado com maior número de população dos Estados Unidos da América e o terceiro maior do em superfície.
Estou num táxi a caminho da residência. As ruas estão apinhadas de gente, parece algo que nem em sonhos em podia imaginar. Estou super nervoso e ansioso, pois este dia é o concretizar de um dos meus sonhos, mas não consigo de deixar de me sentir um pouco receoso, pois tenho algum receio de que não me conseguia adaptar bem à nova cidade, à nova realidade e não sei se as pessoas irão ser simpáticas. Mesmo assim não consigo deixar de me sentir excitadíssimo. As ruas, as pessoas, tudo parece tão diferente, mas no entanto, sento-me como se tivesse nascido nesta realidade, nesta cultura.
Finalmente cheguei à residência, é enorme e os jardins são fantásticos e estão completamente apinhados de gente. Ao dirigir-me para a porta de entrada, vi duas raparigas juntas com um ar de super apaixonadas e de mão dada e eu pensei Afinal nós os portugueses que nos dizemos compreensivos não passamos de uns preconceituosos, importamo-nos mais com as aparências do que com aquilo que as pessoas são verdadeiramente.
Entrei no meu quarto, deixei as minhas coisas lá dentro e fui conhecer a cidade, um pouco melhor.
As ruas são simplesmente maravilhosas, a aragem, as pessoas, o cheiro, tudo me transmiti boas sensações e faz-me pensar na sorte que eu tenho, por estar aqui neste momento.
À medida que ia avançado pela longa avenida, ia reparando que as pessoas que ali viviam são completamente diferentes de nós, portugueses, são descontraídos, calmos, serenos, despreocupados e super bem-humoradas.
Eu quase que me sentia mal, quando reparava que nós em Portugal passamos a maior parte do tempo preocupados com as nossas obrigações, que nem sequer nos lembramos de aproveitar tudo de bom que a vida nos tem para oferecer.
O tempo passou tão depressa, que quando olhei para o relógio reparei que já estava na hora de jantar.
Dirigi-me para a residência e depois de algumas voltas à procura da cozinha, lá a encontrei. Há duas cozinhas por andar, uma para o dormitório das raparigas e outro para o dormitório dos rapazes.
Os meus colegas estão a fazer um churrasco para festejar a vinda de um novo membro para residência, eu.
Sentei-me à mesa com pessoas de nacionalidade dinamarquesas, alemãs, americanas, francesas e apercebi-me que todos os estereótipos que tinha feito sobre pessoas alemãs, americanas, dinamarquesas e francesas, que afinal esses estereótipos não estavam de todo certos e que todas essas pessoas são fabulosas e fantástica. Espero que os próximos dias me possam surpreender mais, o que não será de todo fácil.
Isto é a Califórnia, maravilhosa e um país de multi-culturas, onde a maior parte das pessoas se respeitam uns aos outros e se aceitam mutuamente, tal como são.
"Estou na China!"
Este local foi escolhido por mim para poder estudar e aperfeiçoar o meu chinês mandarim e conhecer outras filosofias de vida, maneiras diferentes de ver e estar no mundo…
O chinês mandarim é uma língua sino-tibetana, e oficial na China, Formosa (Taiwan) e Singapura e falado em Hong Kong, Indonésia e Malásia.
Nas ruas observei que as pessoas nesta cidade são indiferentes com o que as rodeia, até eu que sou visivelmente de outra nacionalidade, o que poderia despertar alguma curiosidade, mas isso não aconteceu.
Porque será? Será por ser um povo oprimido por ideais que condicionam a sua maneira de ser?
Ao entrar no mercado apercebi-me que esta população, quando se trata de vender são autênticas máquinas e aqui parece que foram educadas no “se faz favor”, “temos isto e temos aquilo…”, “olhe e isto faz muito bem…”, aqui sim, sorrisos não faltaram.
Quando saí do mercado deparei-me com um templo enorme e entrei. Levam a religião e o seu Deus de uma forma extraordinária, com todo o respeito e apreço pelo seu templo.
O estudo de religião na China é complicado por vários motivos. Porque muitos sistemas de convicção chineses têm conceitos de um mundo sagrado e às vezes um mundo espiritual, contudo, não invoca um conceito de Deus. A própria classificação de um sistema de convicção chinês como uma religião ou uma filosofia já é problemático. Assim, Confucionismo e Taoísmo são considerados como religiões, enquanto outros os consideram como somente filosofias de vida.
Após a visita ao templo entrei num museu no qual obtive mais informações políticas, sociais e artísticas. A arte chinesa faz a síntese entre o espírito criador artístico a função social e a hierárquica a que estavam destinados desde sua concepção.
Aprendi também que os líderes que dirigiram os esforços para mudar a sociedade chinesa depois do estabelecimento da República Popular da China em 1949 foi elevado na antiga sociedade e foi marcado com seus valores. Embora fossem revolucionários conscientes, não tiveram nenhuma intenção de transformar a cultura chinesa completamente. Como administradores práticos, os líderes do partido comunista chinês procuraram mudar alguns aspectos tradicionais, como a posse da terra e a educação rural, enquanto conservam outros, como a estrutura familiar.
• Tao - Força convergente, em que yin e yang são fundidos numa existência dual e complementar.
A igualdade entre as duas primeiras forças estranha a igualdade de suas manifestações consideradas em abstrato. Por isso o taoísta não considera superior a vida sobre a morte, não outorga supremacia à construção sobre a destruição, nem ao prazer sobre o sofrimento, nem ao positivo sobre o negativo, nem à afirmação sobre a negação. O Tao é simplesmente algo que não pode ser alcançado por nenhuma forma de pensamento humano. Por isso não existia nome, dado que os nomes derivam de experiências; finalmente e por necessidade de ser descrito ou expressado, o denominou Tao,que significa "caminho" ou "atalho" (recto ou virtuoso) que conduz à meta.
Para poder percorrer esse caminho, o povo chinês acredita que é necessária, a preparação interna. Mediante a prática espiritual, a perseverança, o recolhimento e o silêncio que chega a um estado de relaxamento que deve ser tão sereno que possibilita a contemplação do Ser interior, a alma, e assim se consegue ver o invisível, escutar o inaudível, sentir o inalcançável.
A filosofia chinesa seguiu um caminho distinto da grega, em vez de apresentar diálogos extensos, optou por analectos. Confúcio empregava sempre provérbios morais cujos temas principais são o amor e o respeito à natureza, aos mais velhos, à sociedade e à religião.
Por fim, fui para a casa onde vou permanecer mais seis meses. Ao jantar, a família chinesa que me acolheu, explicou-me que o chinês considera ter uma faca na mesa, muito selvagem, assim optaram por comer com pauzinhos chineses como se diz em Portugal, que são os hashis.
Catarina Cavaleiro nº7
O chinês mandarim é uma língua sino-tibetana, e oficial na China, Formosa (Taiwan) e Singapura e falado em Hong Kong, Indonésia e Malásia.
Nas ruas observei que as pessoas nesta cidade são indiferentes com o que as rodeia, até eu que sou visivelmente de outra nacionalidade, o que poderia despertar alguma curiosidade, mas isso não aconteceu.
Porque será? Será por ser um povo oprimido por ideais que condicionam a sua maneira de ser?
Ao entrar no mercado apercebi-me que esta população, quando se trata de vender são autênticas máquinas e aqui parece que foram educadas no “se faz favor”, “temos isto e temos aquilo…”, “olhe e isto faz muito bem…”, aqui sim, sorrisos não faltaram.
Quando saí do mercado deparei-me com um templo enorme e entrei. Levam a religião e o seu Deus de uma forma extraordinária, com todo o respeito e apreço pelo seu templo.
O estudo de religião na China é complicado por vários motivos. Porque muitos sistemas de convicção chineses têm conceitos de um mundo sagrado e às vezes um mundo espiritual, contudo, não invoca um conceito de Deus. A própria classificação de um sistema de convicção chinês como uma religião ou uma filosofia já é problemático. Assim, Confucionismo e Taoísmo são considerados como religiões, enquanto outros os consideram como somente filosofias de vida.
Religiões influentes introduzidas pelo estrangeiro incluem Budismo, Islã, e Cristianismo. Actualmente, a República Popular da China tolera algumas liberdades religiosas e a existência de grupos religiosos activos. Mas, estes grupos ainda são fortemente supervisionados pelo Estado chinês, mais concretamente pelas Associações Patrióticas (ex: Associação Patriótica Católica Chinesa). É ilegal ser membro de Igrejas ou de grupos religiosos que não são controlados por estas Associações Patrióticas.
Após a visita ao templo entrei num museu no qual obtive mais informações políticas, sociais e artísticas. A arte chinesa faz a síntese entre o espírito criador artístico a função social e a hierárquica a que estavam destinados desde sua concepção.
Aprendi também que os líderes que dirigiram os esforços para mudar a sociedade chinesa depois do estabelecimento da República Popular da China em 1949 foi elevado na antiga sociedade e foi marcado com seus valores. Embora fossem revolucionários conscientes, não tiveram nenhuma intenção de transformar a cultura chinesa completamente. Como administradores práticos, os líderes do partido comunista chinês procuraram mudar alguns aspectos tradicionais, como a posse da terra e a educação rural, enquanto conservam outros, como a estrutura familiar.
Símbolo do yin\yang
• Yin - Força negativa, feminina, húmida...
• Yang - Força positiva, masculina, seca...
A igualdade entre as duas primeiras forças estranha a igualdade de suas manifestações consideradas em abstrato. Por isso o taoísta não considera superior a vida sobre a morte, não outorga supremacia à construção sobre a destruição, nem ao prazer sobre o sofrimento, nem ao positivo sobre o negativo, nem à afirmação sobre a negação. O Tao é simplesmente algo que não pode ser alcançado por nenhuma forma de pensamento humano. Por isso não existia nome, dado que os nomes derivam de experiências; finalmente e por necessidade de ser descrito ou expressado, o denominou Tao,que significa "caminho" ou "atalho" (recto ou virtuoso) que conduz à meta.
Para poder percorrer esse caminho, o povo chinês acredita que é necessária, a preparação interna. Mediante a prática espiritual, a perseverança, o recolhimento e o silêncio que chega a um estado de relaxamento que deve ser tão sereno que possibilita a contemplação do Ser interior, a alma, e assim se consegue ver o invisível, escutar o inaudível, sentir o inalcançável.
A filosofia chinesa seguiu um caminho distinto da grega, em vez de apresentar diálogos extensos, optou por analectos. Confúcio empregava sempre provérbios morais cujos temas principais são o amor e o respeito à natureza, aos mais velhos, à sociedade e à religião.
Por fim, fui para a casa onde vou permanecer mais seis meses. Ao jantar, a família chinesa que me acolheu, explicou-me que o chinês considera ter uma faca na mesa, muito selvagem, assim optaram por comer com pauzinhos chineses como se diz em Portugal, que são os hashis.
O povo chinês é conservador o que leva a pensar que é um povo oprimido, mas na realidade não é, dando assim muito valor à religião, ao amor e à família.
Espero aprender o mais possível sobre o modo de vida e filosofias chinesas.
Catarina Cavaleiro nº7
Intercâmbio na Alemanha.
Faz hoje seis meses que habito esta pequena casa na Alemanha, partilho-a com uma família que não é a minha mas que me acolheu calorosamente neste longo ano de intercâmbio. O meu sonho sempre foi conhecer um país frio e hoje aqui estou eu, perante a grande janela que ilumina o meu quarto. Estamos em pleno inverno e este mostrasse muito rigoroso, está a nevar há mais de duas horas e mesmo assim ainda existem pessoas corajosas que brincam na neve fria, talvez seja do hábito ou apenas prazer.
Enfio as minhas luvas, um casaco que de tão grosso me corta quase todos os movimentos e um gorro que me foi oferecido quando aqui cheguei. As minhas galochas fazem um barulho estranho enquanto eu caminho até à porta de saída, apago a única luz acesa da casa e abandono-a. O frio causa um pequeno choque em mim, que depois de alguns passos vai passando.
Em algumas das ruas torna-se impossível de caminhar, as pessoas são tantas que os milhares de encontrões são inevitáveis. A Alemanha é o país com mais população da União Europeia.
Passo por um casal, que em Portugal estaria a ser julgado por todos os que passassem por ele. Dois homens que passeiam apaixonadamente pelo meio das pessoas, manifestam o seu amor perante todos e ninguém solta um olhar de discriminação, melhor dizendo, nem reparam. Tanto a homossexualidade como o casamento homossexual são aceites e tolerados pela sociedade. Uma coisa que também me espantou foi o facto destes casais puderam adoptarem crianças biológicas de um do parceiro (adopção por enteado).
Esta sociedade também é muito aberta, moderna e cosmopolita. Vejo algumas pessoas, que tal como eu não são deste país. A Alemanha permite a emigração e, por isso, existe um grande pluralismo de estilos de vida e diversidade etnocultural.
Depois de todo este tempo ainda não me habituei a estas avenidas cheias de lojas com preços e roupas tentadoras, roupas que eu imagino a viverem no meu humilde guarda-roupa. As avenidas são dotadas com muitos caixotes de lixo, por consequente da grande consciência ecologia dos alemães e da sua compreensão sofre o facto de o Homem ser o principal culpado de toda a poluição.
Entro numa loja, aqui dentro está bem mais quente que lá fora. As minhas mãos começam a queixar-se da súbita mudança de temperatura, bem como a ponta do meu nariz. Vejo muitas mães com as filhas a fazerem um programa familiar, algumas nem chegam a comprar nada, apenas o fazem para passarem mais tempo juntas. A família é o valor mais importante para a sociedade alemã, um valor que foi há muito perdido em Portugal. A forma como os jovens portugueses tratam os pais chega muitas vezes a ser catastrófica, assim como a forma como os pais tratam os filhos.
Volto a sair da loja, a rua está agora ainda mais cheia. Toco em quase todas as pessoas que passam por mim, elas pedem gentilmente desculpa na sua língua, uma língua que provoca sempre um sorriso em mim. Pessoas com os seus habituais quase dois metros, que me deixam escondida bem cá em baixo.
Corto para uma rua bem menos usada, passo pela minha humilde escola e sorrio, amanhã lá estarei. Meia ensonada e a tremer de frio, mas contente.
A maior diferença entre Portugal e a Alemanha é o ensino. Até os adolescentes terminarem o ensino básico as coisas são idênticas, depois mudam. No ensino secundário existem quatro escolas baseadas nas habilidades do aluno que vão ser ditadas pelo professor. Existe o Gymnasium, para os mais dotados e estes são preparadas para o ensino universitário, a Realschule que tens várias ofertas para estudantes intermédios, a Hauptschule que prepara o aluno para uma escola profissionalizante e também a Gesamtschule que junta os três caminhos.
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Viajem à Tunísia
Quando o Sol já batia na minha janela de manhã decidi fazer uma viajem com uma prima minha e fui falar com ela e decidimos ir passar essas férias á Tunísia.
Compra-mos os bilhetes e ia-mos lá como turistas e para isso tive-mos direito a um Homem guia par nos falar e mostrar a história dela e claro a Tunísia.
Quando chegamos lá juntamo-nos a um grupo já formado de Turistas a maior parte deles eram espanhóis nós era-mos as únicas portuguesas naquele grupo.
Bom, a Tunísia ou Republica Tunisiana, situa-se a Norte de África e é banhada pelo Mar Mediterrâneo. Ao saber isto ficasse logo com uma vontade de ir para a praias, mas primeiro visita-mos alguns lugares históricos, monumentos muito antigos. Passei por monumentos Romanos, Árabes e outros, lá só se fa árabe ou francês.
Ao passear nas ruas ver lojas com produtos artesanais e diferentes do que estou habituada é uma experiência única, mas outra experiência engraçada e bonita é ao ver as casa todas pintadas de branco e as portas e janelas de azul, porquê? Pois é porquê daquelas cores, perguntei ao guia e ele disse que era por causa dos escorpiões para eles não entrarem nas casas.
Entrei em Museus com estátuas lindíssimas e outras variedades de coisas, quando passei nas ruas achei engraçado também quando uma sirene tocava e toda gente ia a correr para a Masquita que é a igreja dos Árabes.
Posso dizer que a melhor parte deste passeio foi o dia em que fui ao deserto do Sarah tive de comprar um lenço para proteger a cara dos ventos do deserto, quando cheguei lá já estava com o lenço e óculos de sol para proteger os olhos e subi para um camelo, pois é um camelo eles são muito fofinhos, pois colocam-se de joelhos para nós acavalar-mos entre as bocas dele, e ao levantar-se é que é um pouco atribulado temos de nos segurar muito bem, mas depois a viajem é tranquila o melhor foi que naquela hora que fomos ao deserto estava na hora do Pôr do Sol foi muito bonito.
A sua economia gira em torno do turismo, sem nos esquecermos da sua agricultura, da sua indústria mineira, da sua indústria de manufacturas várias e do petróleo.
Deve ser referido que, ao contrário dos seus vizinhos, como a Líbia ou a Argélia, a Tunísia é um país liberal no que diz respeito à aplicação das Leis do Islão, com uma tendência ocidental implantada nos seus costumes desde há já vários anos. Este facto torna possível a atracção de turistas. Por exemplo, a Tunísia é um país que permite que a mulher escolha o seu marido, algo comum e corrente no Ocidente, mas com um significado diferente se estivermos a falar do Magreb e de um país muçulmano. Esta e outras permissões fazem com que a aplicação das Leis do Islão seja um acto de fé religiosa e não uma imposição radical.
Também posso dizer que a comida até era boa, mas sinceramente não me lembro muito bem do nome daquele tipo de comida que lá faziam.
Falta-me falar sobre uma coisa muito bela e também muito procurada quando alguém vai á Tunísia, a praia pois é, a praia é um dos sítios que apetece ficar lá todos os dias, a água é quentinha, a areia fina, existe sítios no mar que se pode praticar natação e outro tipo de actividades pois é muito baixo o nível da água.
Gostava de ir lá outra vez para conhecer ainda mais sobre ela.
Telma nº20
Compra-mos os bilhetes e ia-mos lá como turistas e para isso tive-mos direito a um Homem guia par nos falar e mostrar a história dela e claro a Tunísia.
Quando chegamos lá juntamo-nos a um grupo já formado de Turistas a maior parte deles eram espanhóis nós era-mos as únicas portuguesas naquele grupo.
Bom, a Tunísia ou Republica Tunisiana, situa-se a Norte de África e é banhada pelo Mar Mediterrâneo. Ao saber isto ficasse logo com uma vontade de ir para a praias, mas primeiro visita-mos alguns lugares históricos, monumentos muito antigos. Passei por monumentos Romanos, Árabes e outros, lá só se fa árabe ou francês.
Ao passear nas ruas ver lojas com produtos artesanais e diferentes do que estou habituada é uma experiência única, mas outra experiência engraçada e bonita é ao ver as casa todas pintadas de branco e as portas e janelas de azul, porquê? Pois é porquê daquelas cores, perguntei ao guia e ele disse que era por causa dos escorpiões para eles não entrarem nas casas.
Entrei em Museus com estátuas lindíssimas e outras variedades de coisas, quando passei nas ruas achei engraçado também quando uma sirene tocava e toda gente ia a correr para a Masquita que é a igreja dos Árabes.
Posso dizer que a melhor parte deste passeio foi o dia em que fui ao deserto do Sarah tive de comprar um lenço para proteger a cara dos ventos do deserto, quando cheguei lá já estava com o lenço e óculos de sol para proteger os olhos e subi para um camelo, pois é um camelo eles são muito fofinhos, pois colocam-se de joelhos para nós acavalar-mos entre as bocas dele, e ao levantar-se é que é um pouco atribulado temos de nos segurar muito bem, mas depois a viajem é tranquila o melhor foi que naquela hora que fomos ao deserto estava na hora do Pôr do Sol foi muito bonito.
A sua economia gira em torno do turismo, sem nos esquecermos da sua agricultura, da sua indústria mineira, da sua indústria de manufacturas várias e do petróleo.
Deve ser referido que, ao contrário dos seus vizinhos, como a Líbia ou a Argélia, a Tunísia é um país liberal no que diz respeito à aplicação das Leis do Islão, com uma tendência ocidental implantada nos seus costumes desde há já vários anos. Este facto torna possível a atracção de turistas. Por exemplo, a Tunísia é um país que permite que a mulher escolha o seu marido, algo comum e corrente no Ocidente, mas com um significado diferente se estivermos a falar do Magreb e de um país muçulmano. Esta e outras permissões fazem com que a aplicação das Leis do Islão seja um acto de fé religiosa e não uma imposição radical.
Também posso dizer que a comida até era boa, mas sinceramente não me lembro muito bem do nome daquele tipo de comida que lá faziam.
Falta-me falar sobre uma coisa muito bela e também muito procurada quando alguém vai á Tunísia, a praia pois é, a praia é um dos sítios que apetece ficar lá todos os dias, a água é quentinha, a areia fina, existe sítios no mar que se pode praticar natação e outro tipo de actividades pois é muito baixo o nível da água.
Gostava de ir lá outra vez para conhecer ainda mais sobre ela.
Telma nº20
Bali - Ilha da Magia
Acordo com a luz do sol que entra pela janela do meu quarto logo às sete da manhã, transformando-o numa estufa. Abro os olhos e dou conta que muita coisa havia mudado desde as últimas horas. Mesmo com o ventilador de tecto na velocidade máxima, sinto muito calor. Abro as portas do quarto e olho à minha volta. Sim, estou em Bali, uma ilha da Indonésia e por sinal um destino turístico bastante popular. É então diante deste “novo mundo” que começo o meu dia. Desço as escadas da hospedagem e saio à rua. Bem, nesta rua paira uma perfeita confusão: por ela passam táxis, camiões, cachorros, galinhas e muitas pessoas, tanto habitantes da ilha, como turistas, portanto não me sinto como se fosse a única estranha do local. Além disso, adoro o facto de os balineses serem tão simpáticos e amáveis comigo, bem como o são com todos os outros estrangeiros. Seguindo por esta rua fora, venho a descobrir outras características das pessoas de Bali, assim como o que faz da cultura balinesa tão cativante e especial.
Passo por uma senhora que me sorri e pergunta:
- Onde é que vai?
«Onde é que vou?» boa pergunta! Bem, aqui, o meu verdadeiro destino é conhecer a cultura balinesa (que ainda é um mistério para mim). Mas, se a mulher me fez esta pergunta, certamente estará à espera de uma resposta concreta.
- Vou visitar um amigo - É a resposta mais concreta que consigo arranjar.
- De onde vens? - É a segunda pergunta que me faz e torna-se um pouco embaraçoso, uma pessoa que me é estranha questionar-me assim tanto.
- De Portugal - respondo com um sorriso.
Mais tarde venho a saber que os balineses fazem-no com frequência aos visitantes, apenas para tentarem obter uma orientação sobre a nossa pessoa e também, para que nos sintamos mais seguros e confortáveis na ilha.
Continuando a caminhada, reparo nos rapazes e raparigas da minha idade ao sorrirem, que os seus dentes caninos ou incisivos estão limados até ao ponto de ficarem planos. Estética. Uma questão de estética. Não o posso censurar, já que a melhor coisa que se pode ser em Bali é “alus”, ou seja, embelezado. Cá, a beleza é um valor de bastante importância e as crianças já são ensinadas a pensar assim: a confiar no poder da beleza. Ao entrar num café, noto que o pessoal balinês começa automaticamente a adorar-nos e cumprimentar-nos (a nós visitantes) pela nossa BELEZA de turistas, assim que transpomos a porta de entrada. Acho a situação engraçada, mas muito diferente do que aquilo que estou habituada!
Tão diferentes formas de viver e pensar das nossas que, por vezes, só damos conta disso quando estamos lá, do outro lado do mundo.
Para um habitante de Bali, uma forma de vida é tentar arrancar o máximo de dinheiro possível aos visitantes, até mesmo se estes forem amigos. Se virem uma oportunidade, vão querer aproveitá-la tirando tudo o que puderem antes que o seu “benfeitor” se vá embora (não admira que aconteça, sendo um povo tão pobre). Se um turista não tem cuidado, acaba por ser explorado como um louco!
Mais à frente, encontro uma velha casa rodeada pela natureza e cercada por um alto muro em pedra. Pela placa que está pendurada na porta, suponho que seja a casa de um curandeiro. Os curandeiros são pessoas com o dom de curar doenças quer psicológicas, quer físicas, mas especialmente aquelas relacionadas com espíritos maus. Apesar de não terem cursos de habilitação, possuem vastos conhecimentos sobre saúde e têm também uma ligação espiritual/religiosa muito forte. Aliás, a cultura balinesa diferencia-se da do restante país pela sua marca nos rituais religiosos hindus e nas cerimónias que apaziguam os espíritos. Para além disso, existe uma série de meditações praticadas por curandeiros e outros balineses, com o objectivo de se encontrar felicidade e paz interior. Uma delas é a Meditação dos Quatro Irmãos. Esta deixa-me particularmente curiosa (é uma daquelas coisas da cultura balinesa que me fazem pensar no quão vantajoso seria partilhá-las com outras culturas). Os balineses acreditam que cada um de nós é acompanhado à nascença por quatro irmãos invisíveis, que vêm ao mundo connosco e nos protegem ao longo das nossas vidas. Estes quatros irmãos habitam as quatro virtudes que, segundo os balineses, uma pessoa precisa para ter uma vida segura e feliz: a inteligência, a amizade, a força e a poesia.
E no meio de tudo isto onde está a importância da família? Bem, a unidade familiar balinesa é a origem da força, da segurança financeira, dos cuidados de saúde, da educação e - o mais importante para os balineses – da ligação espiritual! Em Bali é horrível acabar um casamento e, por isso, as mulheres não são bem vistas quando divorciadas.
Observo não de muito longe, os vários grupos de pessoas balinesas que conversam umas com as outras ou até com os turistas. Pelas conversas, parecem muito orgulhosas em ser balinesas, afirmando-se descendentes de um rei, de um sacerdote ou artista. Não tenho dúvidas de que descendam de artistas, pois em cada rua, em cada esquina, há uma estátua ou escultura, todas elas muito bonitas e bem trabalhadas. As ruas estão muito originalmente decoradas e, segundo o que me disse um senhor balinês que se ocupava de uma figura em pedra, estão ainda mais belas quando se dá uma cerimónia. É impossível não ficar maravilhada com tal criatividade e harmonia!
Ao longo do dia, fico cada vez mais impressionada em como Bali consegue ser tão viva e marcante! A mistura de povos, o cheiro a incenso, os templos, as praias, a música, cor, dança, comida, arte, e as pessoas. Pessoas, que apesar de pobres, não deixam a boa disposição e de sorrir com carinho e hospitalidade.
É simplesmente Bali, com a sua mística e rica cultura que guardarei como lembrança dos lindos momentos aqui vividos.
Marisa Ferreira, nº 16
Cuba, ilha paradisíaca?
(Neste texto vou descrever a minha passagem por Cuba, uma das ilhas mais conhecidas da América Latina)
Estas férias fui para Cuba, para desfrutar dos seus areais brancos, mar translúcido e esverdeado e para ver como seria a minha vida neste país.
Parti do aeroporto Sá Carneiro, e aterrei em Varadero, o maior ponto de turismo, sem contar com a capital, Havana. Mal cheguei percebi que a vida das pessoas é muito pobre, e que devido à ditadura é um pais muito atrasado, à excepção da medicina, que se encontra muito avançada aqui.
Os carros que se vêm na rua são muito antigos, as habitações miseráveis e a população não tem nada pois tudo é controlado pelo estado, de grandes poços de petróleo a pequenos restaurantes pesqueiros, a única industria que escapa é o turismo.
A maior parte dos dias fiquei no hotel a desfrutar da praia e do mar, e sempre que um cubano passava na praia do hotel era rapidamente expulso dali, pois não são permitidos nas praias concessionadas.
Ouvem-se muitas histórias, de pessoas que tentam chegar aos Estados Unidos, clandestinamente, maioritariamente de barco, mas mesmo assim há pessoas que tenta atravessar a nado. Sempre que saíamos do hotel, as pessoas diziam que estavam muito satisfeitas com o regime, mas notava-se que não era verdade.
Cuba não tem qualquer vestígio da cultura ocidental no seu pais, principalmente da cultura americana, não há coca-cola ou fast-food, por exemplo.
As únicas pessoas que conseguem “fugir” da ilha, de maneira legal, são os desportistas que devido a competições internacionais conseguem abandonar o país.
As pessoas são muito calmas, e na capital é normal encontrarem-se mulheres de 70 anos a fumar os tão conhecidos charutos cubanos, um dos orgulhos do pais, e a cobrar para tirarem fotografias. Algumas construções na capital, ao contrario do resto do país são de uma riqueza inestimável, como o Palácio da Revolução ou o Capitólio.
Agora que vi um pais assim, muito semelhante à Venezuela e outros países da América Latina, percebi que mesmo vivendo pobremente as pessoas sentem-se gratas por terem o que nós achamos de mínimos. Não há liberdade de expressão ou propriedade privada, e é por isto que acho que devemos dar mais valor ao que temos e pensarmos, de vez em quando, nestas pessoas que mesmo sem nada, tentam ser felizes.
De Portugal para a Birmânia
Por oposição à imagem de Portugal enquanto país sem guerras, surge a Birmânia caracterizada como um país em constante conflito. Este é governado pelas forças armadas. Desde há muito tempo que gostaria de ir para a Birmânia para ajudar as pessoas que são constantemente atacadas pelas forças armadas e muitas vezes torturadas até à morte. Gostaria, se pudesse, de promover às pessoa que lá residem melhores condições de vida a todos os níveis.
No dia 20 de Fevereiro de 2003, sai do Porto rumo à Birmânia. Passado um dia avistei Terra, era o aeroporto da Birmânia e não podia deixar de apreciar da janela do avião, uma paisagem lindíssima. Apesar de não saber falar Birmanês, a língua não se tornou um entrave na comunicação visto que muitas das pessoas que lá habitavam sabiam falar a língua universal, o Inglês. Este factor permitiu a comunicação com este povo tão acolhedor e de uma tristeza interna muito grande. Passado algum tempo, e porque a vida assim me obrigou, comecei a falar um pouco da língua deste povo e ainda pude aprender algo mais acerca da sua religião, o Budismo.
Pedro Reis Nº19
No dia 20 de Fevereiro de 2003, sai do Porto rumo à Birmânia. Passado um dia avistei Terra, era o aeroporto da Birmânia e não podia deixar de apreciar da janela do avião, uma paisagem lindíssima. Apesar de não saber falar Birmanês, a língua não se tornou um entrave na comunicação visto que muitas das pessoas que lá habitavam sabiam falar a língua universal, o Inglês. Este factor permitiu a comunicação com este povo tão acolhedor e de uma tristeza interna muito grande. Passado algum tempo, e porque a vida assim me obrigou, comecei a falar um pouco da língua deste povo e ainda pude aprender algo mais acerca da sua religião, o Budismo.
Pedro Reis Nº19
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Nova Iorque !
(Trabalho realizado no âmbito da disciplina sobre os valores )
Hoje vou partir para Nova Iorque , os meus pais deixaram-me vir passar um mês , porque sempre adorei esta cidade por ser tão diferente da nossa . E vou vos contar o que se passou,o que aprendi e o que vi .
Quando cheguei fiquei espantada com a quantidade de pessoas que andavam pelas ruas sempre a correrem de um lado para o outro ou então ver os carros com o volante ao contrário. O mais surpreendente foi ver que maior parte das pessoas só comem fast-food mas, tinha comida como a nossa tal como a pizza , os donuts , o cachorro quente , as panquecas -(fast-food , tal como disse ) .
As roupas eram todas de marcas super conhecidas , tal como os carros . Uma coisa diferente de Portugal dão demasiado valor aos bens materiais .
Vê-se muitas pessoas sozinhas e se caminham lado a lado vão com uma distância considerável um do outro, achei super estranho e então a amizade em que as pessoas andam juntas e sempre a falar não existia aqui ?
Nesta cidade há mais de 960 escolas que tem mais de um milhão de estudantes , achei isto fantástico , haver tantas escolas e tantos estudantes . A maior universidade da cidade é a Universidade da Cidade de Nova Iorque (City University of New York), instituição pública que se encontra entre as maiores universidades do mundo, tendo 220 mil estudantes. Por alguma razão maior parte dos estudantes gostavam de estudar em Nova Iorque , só por ter uma das maiores universidades do mundo já era um orgulho para mim viver nesta cidade.
Nova Iorque também é conhecida pelos seus media, porque Nova Iorque é o centro da comunicação , aqui é publicado um dos jornais mais conhecidos - New York Times.
Nova Iorque como maior parte das cidades tem transportes públicos mas são muito complicados por isso se ver maior parte das pessoas a pé .
Mas Nova Iorque é conhecido pelos seus pontos turísticos tais como : Brooklyn Bridge, Central Park, Estátua da Liberdade, Museu de História Natural
Conhecer estes sítios todos e a cultura foi o que me levou a visitar este cidade . Conheci novas coisas , que nem todas as culturas são iguais , que cada um tem o seu modo de vida e diferentes entre si .
Foi diferente “viver” num sitio totalmente diferente do nosso , em que aqui existe o triplo da população , em que a cultura é diferente então tens que te habituar a essa cultura para poderes viver mesmo que seja por pouco tempo mas foi uma experiencia fantástica que eu não me importava de repetir e espero repetir .
Diferenças Culturais
Eu, na Índia…
Acordo com um barulho ensurdecedor de bicicletas a travar e carros a apitar, estava na Índia, mais propriamente Jaipur!
Tinha pernoitado num pequeno hotel perto da minha nova escola, e mesmo em frente ao hotel havia uma pequena avenida, mas sempre com muito trânsito. Não eram apenas carros a circular nessa avenida, para além de carros havia centenas de pessoas a andar de bicicleta, sobretudo homens.
Arrumei-me e desci para tomar o meu primeiro pequeno-almoço indiano. No refeitório havia uma variedade enorme de frutos secos, alguns tropicais e especiarias, uma data de alimentos e pratos que nunca tinha visto, como Gulab Jamun (Bolinhas bolo frito servido com xaropes aromáticos), Poppadum (Bolachas finas feitas de lentilhas).
Reparei numa coisa que me deixou um pouco enojado, os indianos comiam com as suas mãos direitas, ao fim do meu pequeno-almoço perguntei ao recepcionista se aquilo era normal e ele disse que sim e explicou-me que “ os indianos devem comer usando somente a mão direita, visto que a mão esquerda é usada para propósitos higiénicos e portanto considerada impura. Porém, é aceitável passar pratos ou vasilhas com a mão esquerda...”.
Tinham-me dito que a escola onde ia ter aulas era pequena, mas quando cheguei lá achei a escola enorme, e com razão, porque as turmas tinham mais de 50 alunos. A minha turma tinha exactamente 61 alunos e a maioria rapazes, apenas 7 raparigas pertenciam aquela turma… as raparigas tinham importantes famílias só assim é que puderam ter aulas. Uma mulher na Índia não tem o mesmo valor que em outros países mais desenvolvidos e nunca vai ter os mesmos direitos que o homem, a mulher desde pequena é educada a respeitar o homem, a servi-lo, ser uma boa dona de casa e mãe. Tive aulas em hindu e algumas em inglês infelizmente, apesar de já ter tido alguns anos de inglês não percebi tudo o que diziam, por causa do sotaque…
O meu almoço foi algo muito estranho, a cantina da escola cheirava mal, o almoço cheirava mal e o nome não soava muito bem, mas depois de muito tempo a olhar para a comida provei e adorei, pequenas perninhas de rã com um molho secreto aromático acompanhadas por arroz com pedacinhos de pistácios.
Depois das aulas voltei a pé para o pequeno hotel onde temporariamente residia, e passei por certos bairros muito degradados, com casas de prostituição com raparigas da minha idade ou até mesmo mais novas, casas que vendiam drogas que nem sabia que existiam e por algumas cenas nojentas, como o defecar em público. Fiquei em estado de choque e decidi que no dia seguinte iria a Nova Dheli.
No dia seguinte, não tive aulas por ser feriado hindu e vi o outro lado da Índia, o lado rico, onde arranha-céus reinam o ar e ruas apetrechadas de lojas caríssimas. Muitas companhias estrangeiras estavam lá, até algumas portuguesas.
Agora ali o número de estrangeiros ainda era maior do que em Jaipur, as bicicletas tinham desaparecido e sido substituídas por carros, as mulheres tinham outra feição, transmitiam tranquilidade e felicidade ao contrário das mulheres em Jaipur.
A refeição que tomei em Nova Dheli foi algo menos tradicional e mais fácil para mim e para o meu estômago, comi hambúrguer e batatas fritas “para matar as saudades…”
Conheci mais alguns costumes indianos como por exemplo:
- Para alguns hindus, é um insulto um visitante agradecer pela comida após ter terminado de comer, visto que eles dizem que dizer obrigado é considerado uma forma de pagamento.
- Nunca encostar os lábios a um copo ou a outro “container” segurar o copo um pouco acima da boca e então entornar aos poucos para dentro da boca sem tocar o copo com a boca;
André Moreira nº4 10ºC
Espero que tenham gostado dos meus dois dias na Índia!
P.T.T.
Tinha pernoitado num pequeno hotel perto da minha nova escola, e mesmo em frente ao hotel havia uma pequena avenida, mas sempre com muito trânsito. Não eram apenas carros a circular nessa avenida, para além de carros havia centenas de pessoas a andar de bicicleta, sobretudo homens.
Arrumei-me e desci para tomar o meu primeiro pequeno-almoço indiano. No refeitório havia uma variedade enorme de frutos secos, alguns tropicais e especiarias, uma data de alimentos e pratos que nunca tinha visto, como Gulab Jamun (Bolinhas bolo frito servido com xaropes aromáticos), Poppadum (Bolachas finas feitas de lentilhas).
Tinham-me dito que a escola onde ia ter aulas era pequena, mas quando cheguei lá achei a escola enorme, e com razão, porque as turmas tinham mais de 50 alunos. A minha turma tinha exactamente 61 alunos e a maioria rapazes, apenas 7 raparigas pertenciam aquela turma… as raparigas tinham importantes famílias só assim é que puderam ter aulas. Uma mulher na Índia não tem o mesmo valor que em outros países mais desenvolvidos e nunca vai ter os mesmos direitos que o homem, a mulher desde pequena é educada a respeitar o homem, a servi-lo, ser uma boa dona de casa e mãe. Tive aulas em hindu e algumas em inglês infelizmente, apesar de já ter tido alguns anos de inglês não percebi tudo o que diziam, por causa do sotaque…
O meu almoço foi algo muito estranho, a cantina da escola cheirava mal, o almoço cheirava mal e o nome não soava muito bem, mas depois de muito tempo a olhar para a comida provei e adorei, pequenas perninhas de rã com um molho secreto aromático acompanhadas por arroz com pedacinhos de pistácios.
Depois das aulas voltei a pé para o pequeno hotel onde temporariamente residia, e passei por certos bairros muito degradados, com casas de prostituição com raparigas da minha idade ou até mesmo mais novas, casas que vendiam drogas que nem sabia que existiam e por algumas cenas nojentas, como o defecar em público. Fiquei em estado de choque e decidi que no dia seguinte iria a Nova Dheli.
No dia seguinte, não tive aulas por ser feriado hindu e vi o outro lado da Índia, o lado rico, onde arranha-céus reinam o ar e ruas apetrechadas de lojas caríssimas. Muitas companhias estrangeiras estavam lá, até algumas portuguesas.
A refeição que tomei em Nova Dheli foi algo menos tradicional e mais fácil para mim e para o meu estômago, comi hambúrguer e batatas fritas “para matar as saudades…”
Conheci mais alguns costumes indianos como por exemplo:
- Para alguns hindus, é um insulto um visitante agradecer pela comida após ter terminado de comer, visto que eles dizem que dizer obrigado é considerado uma forma de pagamento.
- Nunca encostar os lábios a um copo ou a outro “container” segurar o copo um pouco acima da boca e então entornar aos poucos para dentro da boca sem tocar o copo com a boca;
André Moreira nº4 10ºC
Espero que tenham gostado dos meus dois dias na Índia!
P.T.T.
Aloha !
(trabalho proposto no âmbito do capítulo dos Valores relacionando com a Cultura)
Aloha !
Aloha !
Aqui estou eu acabada de chegar depois de um ano a viver a cultura havaina e vou aqui escrever um pouco sobre as experiências vividas, os conhecimentos adquiridos, o encanto do solarengo estado. O Hawaii (ou em Português, Havai) é realmente um lugar inesquecível. Quem um dia viajou ao arquipélago mais isolado do mundo, que está a 4.000 km do continente mais próximo (a costa oeste da América do Norte), sempre deseja voltar ao local. Afinal quem não deseja voltar ao paraíso?
Tomei a decisão de ir estudar Inglês aprofundado um ano para Leeward Community College, uma universidade havaina da ilha de Oahu que dispõem de excelentes programas para alunos internacionais. Enfim, mas porquê o Hawaii? Por todas as razões possíveis e imaginárias. Para além de sempre ter tido o sonho de viver neste país, viver nesta acolhedora cultura, desde sempre que admiro e vivo superficialmente a cultura do surf, e que melhor sitio para mergulhar de cabeça neste estilo de vida do que o Hawaii.
Partindo de Portugal, com escala em Los Angeles, são quase vinte e cinco horas de viagem. Mas isto é apenas um detalhe ...
Honolulu, capital deste arquipélago, situada na ilha Oahu, é o local onde, ainda no aeroporto, as pessoas são brindadas com um perfumado colar de flores – orquídeas ou plumérias - chamado lei.
Honolulu, capital deste arquipélago, situada na ilha Oahu, é o local onde, ainda no aeroporto, as pessoas são brindadas com um perfumado colar de flores – orquídeas ou plumérias - chamado lei.
Muitos “alohas” depois, dei um passeio rápido pela cidade. Logo me apercebi que se assemelhava muito às grandes cidades costeiras, como Miami, por causa da quantidade de lojas, restaurantes, shoppings e hotéis. Mas apesar desta cidade parecer muito atractiva para a maioria dos turistas, para mim não. Não tinha vindo até aqui para continuar a viver a poluída e materialista vida que tinha em Portugal, “vida de cidade”, não eu não queria viver rodeada de tudo o que estava habituada, queria-me abstrair de tudo isso, e simplesmente, viver a bela cultura havaiana, ou seja, aprender a viver simples e pura, dar valor ao que tenho agora e aproveitar cada momento, viver em harmonia com a comunidade e com a natureza. Isto é, para os havaianos existe uma relação primordial com o universo, a natureza, a terra e o mar, uma ligação que vem de uma profundidade espiritual, bem como sistema de crenças genealógico. A natureza é onde tudo começa para os havaianos, a verdade é que eles se chamam keiki o aina ka '- "filhos da terra".
Depois de apanhar dois autocarros e boleia, cheguei até à casa onde fiquei hospedada durante todo aquele tempo. Tive a enorme sorte de uma familia nativa me oferecer um quarto na sua humilde residência, uma casa ainda grande, branca, sem muros (sim, porque aqui no Hawaii as pessoas vivem num estilo tão simples e descontraído que não necessitam desse tipo de edificação) sobre uma encosta com uma vista espectacular para uma praia próxima da Kalama Beach. Posso dizer que acordar com o barulho dos pássaros cantando na janela, ver aquela imensidão azul mal abrimos os olhos, o sol raiando bem cedo é das melhores recordações que guardo.
A vida no Hawaii é muito sossegada, o trânsito tranquilo, as pessoas vão à praia todos os dias, é como para nós irmos lanchar com os amigos (hábito meu em Portugal e que mantive aqui) para eles é como um momento de convívio e descontração, posso dizer que até me sentia grata quando chegava da universidade e ainda tinha oportunidade de descer à “nossa praia” e conviver com os locais. O povo havaiano, embora pequeno, consegue afirmar a colectividade e trabalhá-la promovendo a hospitalidade e o espírito humano, contribuindo também para que o corpo social esteja em constante harmonia e interacção com a natureza - sobretudo o mar - sem degradá-la. Amor e carinho pela terra é aloha 'aina e a mesma atitude em relação ao mar é aloha kai. Essas ideias mostram o amor e o respeito que os havaianos têm para com o mundo à sua volta, o mesmo amor, carinho e respeito que sentem pela sua ohana (família, algo que nunca é “deixado para trás”) e todas as pessoas de boa vontade. Facilmente me apercebi do importante papel que a família tem para o povo havaiano, a família é “a cola” que junta tudo. Assim como têm respeito pelos idosos, que são tratados como pessoas sábias e eu própria pude comprovar esta sabedoria com a mãe da dona de casa, Aima, que me transmitiu grandes ensinamentos e me ajudou a conhecer muito melhor a história e cultura deste estado.
Para perceber melhor os valores deste maravilhoso povo, o dono da casa onde fiquei hospedada, Pole, ensinou-me uma maneira popular para perceber o significado da famosa palavra Aloha, que é formada pelas iniciais de outras cinco palavras havaianas, cujos significados orientam a conduta do povo local: Akahai – Bondade ; Lokahi – Unidade ; Olu Olu – Cordialidade ; Ha aha a – Humildade ; Ahonui – Paciência.
Como os próprios havaianos gostam de dizer, palavras não são suficientes para traduzir todo o significado da palavra mágica Aloha. Trata-se de uma espécie de filosofia local, que permeia as relações interpessoais e faz com que cada indivíduo seja parte da comunidade. É o que diz um dos principais provérbios havaianos: "O nós, anula o eu ...".
Os havaianos seguem à risca o significado das palavras e isso deveria ser uma coisa que todo o mundo deveria seguir.
Um famoso aspecto associado ao Hawaii é o seu intenso vulcanismo, todas as semanas ouvimos "entrou em erupção tal vulcão" mas aqui o povo já está tão habituado e preparado que já não dá grande importância, dizem até fazer parte da sua cultura.
Outra famosa tradição do Hawaii é a dança do “hula-hula”, que tive a sorte de presenciar numa bela festa de comemoração do primeiro aniversário da filha do casal, o tradicional Luau. Os pratos principais desta festa, geralmente, são porco assado no espeto, e peixe cru marinado. Ah, sim, o peixe, apaixonei-me completamente pelos cozinhados, os mil e um pratos de peixe que maravilham as pupilas gustativas de qualquer um.
Num dos primeiros dias, quando estava a ver televisão reparei que o boletim meteorológico é dado de maneira diferente, é que para além das temperaturas e dos ventos, dão igual importância às ondas (ao seu comprimento, frequência, intensidade) dado que um importante interveniente integrante desta cultura é o surf. Parecia um boletim dos que se encontra nos sites deste tipo de desportos. Ah sim, impossível descrever a cultura havaiana sem mencionar o surf ...
É um pouco incerto, pois não se sabe em que ano específico nasceu o surf, mas não tenho nenhuma dúvida ao afirmar que a cultura do surf nasceu no Hawaii, basta passar lá 1 dia para perceber, e é impossível passar lá um ano sem nos rendermos a este maravilhoso desporto. O culto é tal, que os surfistas amam as ondas, prestam-lhes culto, simplesmente têm um respeito enorme pelo meio que lhes proporciona grandes aventuras e prazer. Eu iniciei este desporto rapidamente, desde a minha chegada, fiz bons amigos, conheci pessoas extraordinárias. Às vezes é difícil para nós, pessoas da cidade, perceber como é possível uma pessoa abdicar de tudo, para ir em busca de uma onda.. Aconselho então todas essas pessoas a ir uma semana para o Hawaii, é só ver o amor que aquela gente tem pelo mar, o respeito que têm e a alegria dos surfistas quando falam das boas ondas que “apanharam”, perdem-se todas as inibições, pega-se numa prancha e mergulha-se nesta cultura, porque não há nada que nos dê maior sensação de liberdade do que “pegar” uma onda.
Com tudo isto, podemos concluir, que o povo havaiano é dependente da natureza, eles veneram-na e respeitam-na, para eles o sucesso depende de viver em harmonia com a natureza; é extremamente ligado à família e pela minha curta estadia neste país pude concluir que é um povo muito humilde e bondoso, gostam de partilhar e são muito calmos e pacientes, claro que isto é uma ideia geral porque nem toda a gente se rege pelos mesmos valores e existem sempre excepções. Tenho grande vontade de voltar para esse país, porque me apaixonei completamente pelo clima ameno-quente, pela natureza, pelo surf, pela harmonia, pela FELICIDADE dos havaianos.
Mª João Silva nº14
PS: fui eu que postei o poema "Filosofar é preciso" de Epicuro
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