(Neste texto vou descrever a minha passagem por Cuba, uma das ilhas mais conhecidas da América Latina)
Estas férias fui para Cuba, para desfrutar dos seus areais brancos, mar translúcido e esverdeado e para ver como seria a minha vida neste país.
Parti do aeroporto Sá Carneiro, e aterrei em Varadero, o maior ponto de turismo, sem contar com a capital, Havana. Mal cheguei percebi que a vida das pessoas é muito pobre, e que devido à ditadura é um pais muito atrasado, à excepção da medicina, que se encontra muito avançada aqui.
Os carros que se vêm na rua são muito antigos, as habitações miseráveis e a população não tem nada pois tudo é controlado pelo estado, de grandes poços de petróleo a pequenos restaurantes pesqueiros, a única industria que escapa é o turismo.
A maior parte dos dias fiquei no hotel a desfrutar da praia e do mar, e sempre que um cubano passava na praia do hotel era rapidamente expulso dali, pois não são permitidos nas praias concessionadas.
Ouvem-se muitas histórias, de pessoas que tentam chegar aos Estados Unidos, clandestinamente, maioritariamente de barco, mas mesmo assim há pessoas que tenta atravessar a nado. Sempre que saíamos do hotel, as pessoas diziam que estavam muito satisfeitas com o regime, mas notava-se que não era verdade.
Cuba não tem qualquer vestígio da cultura ocidental no seu pais, principalmente da cultura americana, não há coca-cola ou fast-food, por exemplo.
As únicas pessoas que conseguem “fugir” da ilha, de maneira legal, são os desportistas que devido a competições internacionais conseguem abandonar o país.
As pessoas são muito calmas, e na capital é normal encontrarem-se mulheres de 70 anos a fumar os tão conhecidos charutos cubanos, um dos orgulhos do pais, e a cobrar para tirarem fotografias. Algumas construções na capital, ao contrario do resto do país são de uma riqueza inestimável, como o Palácio da Revolução ou o Capitólio.
Agora que vi um pais assim, muito semelhante à Venezuela e outros países da América Latina, percebi que mesmo vivendo pobremente as pessoas sentem-se gratas por terem o que nós achamos de mínimos. Não há liberdade de expressão ou propriedade privada, e é por isto que acho que devemos dar mais valor ao que temos e pensarmos, de vez em quando, nestas pessoas que mesmo sem nada, tentam ser felizes.
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