segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

"Estou na China!"

Este local foi escolhido por mim para poder estudar e aperfeiçoar o meu chinês mandarim e conhecer outras filosofias de vida, maneiras diferentes de ver e estar no mundo…



O chinês mandarim é uma língua sino-tibetana, e oficial na China, Formosa (Taiwan) e Singapura e falado em Hong Kong, Indonésia e Malásia.

Nas ruas observei que as pessoas nesta cidade são indiferentes com o que as rodeia, até eu que sou visivelmente de outra nacionalidade, o que poderia despertar alguma curiosidade, mas isso não aconteceu.

Porque será? Será por ser um povo oprimido por ideais que condicionam a sua maneira de ser?



Ao entrar no mercado apercebi-me que esta população, quando se trata de vender são autênticas máquinas e aqui parece que foram educadas no “se faz favor”, “temos isto e temos aquilo…”, “olhe e isto faz muito bem…”, aqui sim, sorrisos não faltaram.



Quando saí do mercado deparei-me com um templo enorme e entrei. Levam a religião e o seu Deus de uma forma extraordinária, com todo o respeito e apreço pelo seu templo.

O estudo de religião na China é complicado por vários motivos. Porque muitos sistemas de convicção chineses têm conceitos de um mundo sagrado e às vezes um mundo espiritual, contudo, não invoca um conceito de Deus. A própria classificação de um sistema de convicção chinês como uma religião ou uma filosofia já é problemático. Assim, Confucionismo e Taoísmo são considerados como religiões, enquanto outros os consideram como somente filosofias de vida.

Religiões influentes introduzidas pelo estrangeiro incluem Budismo, Islã, e Cristianismo. Actualmente, a República Popular da China tolera algumas liberdades religiosas e a existência de grupos religiosos activos. Mas, estes grupos ainda são fortemente supervisionados pelo Estado chinês, mais concretamente pelas Associações Patrióticas (ex: Associação Patriótica Católica Chinesa). É ilegal ser membro de Igrejas ou de grupos religiosos que não são controlados por estas Associações Patrióticas.



Após a visita ao templo entrei num museu no qual obtive mais informações políticas, sociais e artísticas. A arte chinesa faz a síntese entre o espírito criador artístico a função social e a hierárquica a que estavam destinados desde sua concepção.



Aprendi também que os líderes que dirigiram os esforços para mudar a sociedade chinesa depois do estabelecimento da República Popular da China em 1949 foi elevado na antiga sociedade e foi marcado com seus valores. Embora fossem revolucionários conscientes, não tiveram nenhuma intenção de transformar a cultura chinesa completamente. Como administradores práticos, os líderes do partido comunista chinês procuraram mudar alguns aspectos tradicionais, como a posse da terra e a educação rural, enquanto conservam outros, como a estrutura familiar.




Símbolo do yin\yang
• Yin - Força negativa, feminina, húmida...

• Yang - Força positiva, masculina, seca...

• Tao - Força convergente, em que yin e yang são fundidos numa existência dual e complementar.

A igualdade entre as duas primeiras forças estranha a igualdade de suas manifestações consideradas em abstrato. Por isso o taoísta não considera superior a vida sobre a morte, não outorga supremacia à construção sobre a destruição, nem ao prazer sobre o sofrimento, nem ao positivo sobre o negativo, nem à afirmação sobre a negação. O Tao é simplesmente algo que não pode ser alcançado por nenhuma forma de pensamento humano. Por isso não existia nome, dado que os nomes derivam de experiências; finalmente e por necessidade de ser descrito ou expressado, o denominou Tao,que significa "caminho" ou "atalho" (recto ou virtuoso) que conduz à meta.

Para poder percorrer esse caminho, o povo chinês acredita que é necessária, a preparação interna. Mediante a prática espiritual, a perseverança, o recolhimento e o silêncio que chega a um estado de relaxamento que deve ser tão sereno que possibilita a contemplação do Ser interior, a alma, e assim se consegue ver o invisível, escutar o inaudível, sentir o inalcançável.

A filosofia chinesa seguiu um caminho distinto da grega, em vez de apresentar diálogos extensos, optou por analectos. Confúcio empregava sempre provérbios morais cujos temas principais são o amor e o respeito à natureza, aos mais velhos, à sociedade e à religião.





Por fim, fui para a casa onde vou permanecer mais seis meses. Ao jantar, a família chinesa que me acolheu, explicou-me que o chinês considera ter uma faca na mesa, muito selvagem, assim optaram por comer com pauzinhos chineses como se diz em Portugal, que são os hashis.





O povo chinês é conservador o que leva a pensar que é um povo oprimido, mas na realidade não é, dando assim muito valor à religião, ao amor e à família.

Espero aprender o mais possível sobre o modo de vida e filosofias chinesas.





Catarina Cavaleiro nº7






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