segunda-feira, 3 de maio de 2010
Comentário à imagem:
Nesta irónica imagem que me é dada como objecto de análise, observa-se um curto diálogo entre uma simples pessoa e um ateu. Antes de mais, um ateu, mesmo sendo um indivíduo que afirma não acreditar na existência de um ser transcendente, que está acima de tudo, procura saber qual o seu lugar no mundo e o sentido da sua existência. Ateus, como a 2ª personagem da imagem, dizem-se ateus porque negam a existência de um Deus, no entanto, são seres humanos, o que implica que, tal como a todos os outros, lhe esteja inerente uma característica natural: a finitude. É perante a experiência da sua contingência e fragilidade, que o Homem é levado a uma abertura à transcendência, onde procurará respostas para o sentido do que o rodeia. Será que os ateus são "excessão à regra", na medida em que não precisam de procurar o sentido das coisas no transcendente?
Bem, conhecemos grandes nomes como o de José Saramago ou de Vergílio Ferreira, ilustres por porem em causa a existência de Deus. E, não nos esqueçamos do famoso Nietzsche que durante toda a sua vida eliminou a hipótese de haver uma força sobrenatural, divina e omnipotente. Porém, deixou transparecer pelas suas obras que buscava no "Super-Homem" a realização do sentido de todas as coisas do mundo e até da sua própia vida. Ele criou o seu Deus, a sua religião, estando patente, de uma forma diferente, a relação entre o homem e o sagrado.
Para concluir, e voltando à imagem, penso que pela expressão "Graças a Deus", o suposto ateu revela algum orgulho, que todos ateus certamente o sentem em o serem. Na minha opinião, esse sentimento deve-se à falta de provas concretas que demonstrem a existência de Deus! Mas algum deles já provou a sua inexistência?
De qualquer modo, penso que não se trata de um problema cientìfico, que se explique por simples palavras, mas sobretudo, de um problema sentimental de cada um!
Marisa Ferreira, nº16
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não é um problema sentimental.
ResponderEliminarse assim fosse, poderíamos dizer que uma pessoa religiosa tem também um problema sentimental.
é necessário usar as palavras certas.
como disseste não se trata de um problema científico, então como podes recorrer ao argumento de provar ou não a existência de Deus?
Quando menciono "um problema sentimental de cada um", refiro-me a uma questão espiritual que diz respeito a todas as pessoas, quer a ateus quer a crentes.
ResponderEliminarQuanto à 2ª parte do teu comentário tenho a dizer-te que utilizei a expressão "De qualquer modo", precisamente para deixar claro que, a meu ver, a existência de um Deus não tem que ser provada por factos científicos.
Além disso, deixas transparecer pelo teu comentário que só se recorre à argumentação na área da Ciência, uma ideia que está errada. Podemos também argumentar, por exemplo, na área do pensamento.