sábado, 29 de maio de 2010

O meu percurso na Filosofia

Foi no início deste 10º ano que tive o meu primeiro contacto com a Filosofia. Até àquela altura, a disciplina era-me completamente desconhecida, mas criava em mim um certo espírito de curiosidade.

Recordo-me vivamente da primeira aula. O professor falou da Filosofia utilizando a metáfora de uma parede. De início, tudo parecia complicado, mas aos poucos fomos aprendendo a formular questões e a responder-lhes. Foi aí que comecei a perceber minimamente o quanto é importante na Filosofia questionarmo-nos sobre coisas banais com as quais nos deparamos no dia-a-dia.

Ao longo do ano, fomos abordando diversos conteúdos que me permitiram perceber que a actividade filosófica implica uma reflexão permanente, um interrogar constante que leva o ser humano à raiz dos problemas. Por outro lado, desde cedo percebi que a Filosofia permite apurar a nossa capacidade crítica e argumentativa, fundamentais para um bom exercício da reflexão filosófica. Acredito que este facto me ajudou bastante em diversas situações do meu quotidiano.
A oportunidade de debater vários assuntos, tais como os valores, a religião, ou problemas concretos como a eutanásia, o aborto e a pena de morte, permitiu-me reconhecer a importância de uma virtude tantas vezes evidenciada na filosofia: a tolerância. Sem tolerância, espírito crítico e capacidade argumentativa nenhuma discussão apresentaria resultados produtivos.

Tal como acontece em todo o processo de aprendizagem, também na Filosofia a relação professor - aluno é bastante importante. Durante este ano tive o privilégio de partilhar esta relação com dois professores. Cada um deles, à sua maneira, representou uma mais-valia para a minha formação. Tanto o professor Josias, que partilhou a sua sabedoria a partir dos seus originais exemplos; como a professora Diana, que transmite a Filosofia através de uma dinâmica entusiasmante que dá às suas aulas, despertaram em mim o interesse pela Filosofia.

De tudo o que aprendi, saliento a importância que a disciplina teve e tem para a minha auto-descoberta, uma necessidade de buscar em mim mesma as respostas para perguntas que sempre coloquei, sem ter tido, até ao momento, consciência de que as fazia. Esta busca de mim mesma e do sentido para a minha vida realiza um dos propósitos mais importantes da Filosofia: a necessidade (tantas vez reclamada por Sócrates) do “Conhece-te a ti mesmo”!!!

Marisa Ferreira, nº16

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